Quando olhamos para um software, é normal imaginarmos que o seu processo de criação se baseia quase que exclusivamente no processo de escrita do seu código. No entanto, temos que lembrar que para a produção correta, eficiente e segura de um software, precisamos seguir um processo estruturado e abrangente – conhecido como Secure Software Development LifeCycle (SDLC) – que engloba várias etapas-chave para garantir a segurança e qualidade do software desde a sua concepção até o seu lançamento e manutenção.
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Ao longo dos anos, vários modelos SDLC surgiram, como de cascata e iterativo, a mais recente modelos ágeis, que aumentam a velocidade e a frequência de implantação.
A intenção do Secure Software Development Lifecycle (S-SDLC) é permitir, por meio de um conjunto de atividades estruturadas de segurança, que as aplicações sejam desenvolvidas tendo como base as melhores práticas de desenvolvimento seguro, o que ao final do processo nos entregaria uma aplicação mais segura.
Confira os dois modelos para uma melhor visualização.

O S-SDLC envolve a readequação de processos existentes, a implementação de novas ferramentas e, mais importante, a condução de uma mudança cultural em várias equipes. A segurança é uma parte importante de qualquer aplicação. Deve ser aplicada em todas as fases do processo, ajudando a evitar problemas antes que eles se manifestem como problemas de segurança em produção.
As Ferramentas no SDLC são importantes, mas não são solução para o problema. De forma conjunta temos a execução de testes automatizados e manuais, garantindo que as equipes de segurança, operações e desenvolvimento estejam trabalhando juntas em direção ao mesmo objetivo.
Outro importante fator é o entendimento de que testar cedo e com frequência é a melhor maneira de garantir que seus produtos e o SDLC estejam protegidos desde o início. Isso significa que as equipes devem começar a testar nos primeiros estágios de desenvolvimento
Como garantir o S-SDLC?
Garantir a segurança do SDLC requer foco em como a aplicação opera e como os desenvolvedores transformam os requisitos funcionais e de segurança em código da aplicação. A segurança deve fazer parte das atividades das equipes à medida que o aplicativo é desenvolvido. Isso pode exigir uma mudança cultural dentro de suas equipes, mas, no final o resultado vai ser muito positivo.
Uma das possíveis soluções dentro de um cenário de busca por um S-SDLC é a estruturação de um Programa de Segurança de Aplicações.
Um Programa de Segurança de Aplicações pode estruturar além de todo o processo, a forma como as equipes serão treinadas, como elas ajudam na construção e manutenção do processo e alguns outros pontos. A implementação de um Programa de Security Champion pode ser atuar como uma das soluções e pode ajudar a gerar uma estrutura completa na segurança para as aplicações.
Em geral, o SDLC inclui as seguintes fases:
Security Requirements: Certifique-se de que, durante está fase, os requisitos de segurança para a aplicação sejam identificados;
Design: Aplique design seguro e modelagem de ameaças sempre, entenda as necessidades de arquitetura de software;
Development: Durante a fase de desenvolvimento, as equipes precisam se certificar de que usam padrões de codificação seguros, os desenvolvedores também precisam estar atentos aos requisitos de segurança que foram identificados;
Testing: Deve incluir testes de segurança, usando ferramentas automatizadas e testes manuais para melhorar a segurança da aplicação;
Operation: Mesmo após a implantação e implementação, as práticas de segurança precisam ser seguidas durante a manutenção da aplicação. Os produtos precisam ser atualizados continuamente para garantir que estejam protegidos contra novas vulnerabilidades e sejam compatíveis com quaisquer novos cenários de ameaças.
O objetivo do S-SDLC não é eliminar completamente as verificações de segurança tradicionais, como um Pentest, mas sim, incluir a segurança no escopo das responsabilidades dos desenvolvedores e capacitá-los a criar aplicativos cada vez mais seguros.
Alcançar um S-SDLC exige que as organizações adotem um conjunto atualizado de práticas e processos de segurança além de uma abordagem DevSecOps.
Referências: