Existe algo acontecendo nos bastidores do mundo do software que fará a diferença no contexto dos testes automatizados de segurança. O SARIF (Static Analysis Results Interchange Format) vem se consolidando como um padrão que promete revolucionar a forma de interação entre as ferramentas de segurança de aplicação e isso é algo realmente extraordinário.
Se você está completamente perdido ou somente ouviu falar por alto sobre o SARIF, vem comigo que eu te explico.
O que é SARIF?
O SARIF é um formato de arquivo padrão desenvolvido pela OASIS Open, para permitir que as ferramentas de segurança de software forneçam resultados de análise estática em um formato padronizado, consistente e fácil de consumir.
A OASIS Open (Organization for the Advancement of Structured Information Standards) é uma organização sem fins lucrativos que trabalha no desenvolvimento de padrões abertos para tecnologias de informação e comunicação, sendo composta por uma comunidade global de membros, que inclui empresas, organizações governamentais e indivíduos.
O SARIF permite que os desenvolvedores recebam informações mais precisas e úteis sobre vulnerabilidades de segurança de software em seus projetos. Ele permite que as ferramentas de análise estática gerem resultados em um formato comum, que pode ser importado e consumido por outras ferramentas e sistemas de gestão de vulnerabilidades.
Isso ajuda a melhorar a interoperabilidade entre as diferentes ferramentas de segurança de software e também fornece uma maneira mais fácil de compartilhar e analisar os resultados de análise estática.
Como o SARIF funciona?
O SARIF utiliza o formato JSON para representar informações de análise estática de código. O JSON é um formato de arquivo leve e de fácil leitura, o que o torna adequado para a troca de informações entre diferentes ferramentas de análise estática.
Ele define um modelo de dados estruturado para representar as informações geradas pelas ferramentas de análise de segurança, incluindo informações sobre as vulnerabilidades de segurança detectadas, as localizações no código-fonte onde foram encontradas, a gravidade e as recomendações de correção.
Através do SARIF, as ferramentas de análise de segurança de software podem produzir relatórios estruturados que seguem o mesmo formato, independentemente do tipo de ferramenta utilizada.
Portanto, isso permite que as ferramentas possam compartilhar informações entre si de forma mais fácil e eficiente, além de permitir que outras ferramentas e sistemas de gerenciamento de segurança possam processar essas informações de forma padronizada.
A troca de informações entre as ferramentas funciona através do uso de APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos) ou plugins. Esses plugins são desenvolvidos pelas ferramentas de análise de segurança para que elas possam se comunicar com outras ferramentas que seguem o padrão SARIF.
O SARIF também permite que as equipes de desenvolvimento de software recebam informações mais precisas e úteis sobre as vulnerabilidades de segurança em seus projetos.
Isso é possível através da integração das ferramentas de análise de segurança com as ferramentas de desenvolvimento de software, como IDEs (Ambientes de Desenvolvimento Integrado) ou sistemas de controle de versão.
Dessa forma, as informações sobre as vulnerabilidades podem ser facilmente acessadas pelos desenvolvedores enquanto eles trabalham no código-fonte do projeto.
Por que o SARIF é revolucionário?
Em primeiro lugar, o SARIF estabelece um formato padrão para resultados de análise estática de segurança de software, o que torna mais fácil e eficiente para as ferramentas de segurança produzir e compartilhar esses resultados com outras ferramentas e sistemas de gerenciamento de segurança. Isso pode ajudar a melhorar a interoperabilidade entre as diferentes ferramentas de segurança e aumentar a eficiência do processo de análise de segurança de software.
Em segundo lugar, ele permite que as equipes de desenvolvimento de software recebam informações mais precisas e úteis sobre vulnerabilidades de segurança de software em seus projetos. Isso pode ajudar a acelerar a identificação e correção de problemas de segurança em projetos de software, o que é especialmente importante em um mundo no qual os ataques cibernéticos são cada vez mais sofisticados e frequentes.
Além disso, o SARIF pode ajudar a melhorar a transparência e a colaboração na indústria de software de segurança, permitindo que as empresas compartilhem informações e trabalhem juntas para identificar e resolver problemas de segurança comuns. Isso pode ajudar a aumentar a eficácia e a eficiência das ferramentas de segurança de software em geral, bem como a melhorar a segurança geral dos sistemas de software em todo o mundo.
A Conviso Platform, por exemplo, já possui suporte ao formato SARIF. Isso permite que a plataforma tenha condições de importar facilmente relatórios de scans de outras ferramentas de análise estática para a sua interface de gestão de vulnerabilidades.

Imagem 1 – Interface de gestão de findings da Conviso Platform
Conclusão
Em suma, o padrão SARIF representa um grande avanço na indústria de segurança de software, oferecendo uma solução padronizada e interoperável para a troca de informações entre ferramentas de análise estática de segurança.
Com sua capacidade de representar informações de vulnerabilidades de segurança de forma consistente, estruturada e acessível, o SARIF facilita a colaboração entre as equipes de segurança e desenvolvimento de software, permitindo uma resposta mais rápida e eficaz às vulnerabilidades detectadas.
Além disso, a adoção do SARIF pode ajudar a aumentar a eficiência do processo de análise de segurança e reduzir o tempo e o esforço necessários para gerenciar e corrigir as vulnerabilidades.
Como resultado, o padrão SARIF tem o potencial de revolucionar a maneira como a segurança de software é abordada e implementada, tornando o desenvolvimento de software mais seguro e confiável para todos os usuários.
