As aplicações mobile entraram no foco dos especialistas de segurança há poucos anos e rapidamente tornaram-se um dos principais pontos de uma política de privacidade e segurança de dados forte. Hoje, smartphones são utilizados para verificação de dados bancários, transferências monetárias, envio e recebimento de dados sigilosos e armazenamento de arquivos sensíveis. Saiba mais sobre os riscos e as boas práticas de segurança para aplicações mobile:
Os principais riscos de segurança para aplicações mobile
Até alguns anos atrás, poucas pessoas falavam na necessidade de termos bons controles de segurança durante o desenvolvimento de aplicativos para smartphones. Como o número de usuários e de ameaças era baixo, criminosos virtuais davam preferência a computadores. Entretanto, muitas ameaças que antes eram restritas aos PCs já estão presentes no mundo mobile, onde pessoas realizam uma série de operações envolvendo dados financeiros e sensíveis.
Para auxiliar gestores de TI a identificarem as principais brechas de segurança que um app móvel pode ter, a OWASP (Open Web Application Security Project) listou os principais pontos de controle que um desenvolvedor deve ter na criação de um app. Por meio de 10 pontos de atenção, a organização sem fins lucrativos pretende auxiliar gestores de software e terem boas práticas de desenvolvimento e segurança. São eles:
- Controles de segurança no servidor de dados falhos;
- Armazenamento de informações inseguro;
- Ausência de camadas de segurança na troca de dados;
- Vazamento de dados sensíveis;
- Uso de sistemas de autenticação e autorização fracos;
- Quebra de criptografia;
- Falhas de segurança no dispositivo do usuário;
- Injeções no lado do cliente;
- Má administração da sessão do usuário;
- Controles de segurança fracos nos inputs de dados do usuário.
Como proteger a sua aplicação mobile
Com o aumento da integração de sistemas web, desktop e móveis, a necessidade de uma empresa de desenvolvimento ter políticas de segurança para aplicações mobile sólidas tornou-se ainda maior. Hoje, gestores de TI devem trabalhar para que as suas soluções sejam confiáveis em uma miríade de dispositivos e sistemas operacionais. Para que isso ocorra, uma série de práticas devem ocorrer. Abaixo, listamos algumas das principais adotadas pela indústria:
- Utilização de sistemas de criptografia difíceis de serem quebrados;
- Não armazenamento de dados sensíveis em locais inseguros, como cartões SD;
- Sincronização e troca de dados feitas por meio de conexões seguras;
- Uso de controles de segurança no servidor e no cliente;
- Validação dos dados de entrada e saída;
- Utilização de mecanismos de autenticação e autorização fortes e que não lidem diretamente com a senha do usuário (como o OAuth);
- Restrições à utilização de recursos de terceiros;
- Criação de uma política de privacidade sólida;
- Atualizações constantes.
Práticas de segurança devem cobrir tanto os sistemas que são executados nos servidores da empresa quanto os dispositivos dos usuários. Como é impossível ter uma aplicação totalmente imune a falhas de segurança, é importante que os times de desenvolvimento e qualidade trabalhem juntos na busca por vulnerabilidades mesmo após o lançamento de uma solução, garantindo que o usuário estará sempre com a versão mais segura disponível em seu dispositivo. Além disso, toda a troca de dados deve ser feita utilizando métodos de encapsulamento e criptografia que consigam proteger as informações dos usuários. Isso deve ocorrer independente do meio utilizado para a troca de dados (APIs ou conexões HPPTs).
Já a validação dos certificados de segurança e dos inputs dos usuários deve sempre levar em consideração qualquer tipo de alerta de segurança. Muitas vezes, ataques graves são feitos por meio de algoritmos que infectam tais arquivos e “enganam” servidores e sistemas ao simularem uma aplicação segura para ter acesso a arquivos e informações privadas. Como não há garantias de que todos os usuários utilizam sistemas atualizados, o desenvolvedor deve se prevenir efetuando testes de segurança e criando rotinas que blindam os seus apps de qualquer falha de segurança no smartphone do usuário. Assim, para diminuir as chances de um vazamento ou roubo de informações, o armazenamento de dados deve ser evitado (especialmente em cartões de memória) e, quando for feito, deve utilizar métodos de segurança e criptografia.
Criando soluções em software e plataformas seguras e confiáveis
Os serviços mobile tornaram-se fundamentais para a expansão de empresas nos últimos anos. Plataformas como Android e iOS fazem parte do nosso dia a dia, nos auxiliando a fazer desde tarefas triviais, como o envio de um e-mail até o processamento de transações financeiras. Diante disso, as companhias devem estar prontas para oferecerem soluções digitais que consigam ter uma boa experiência de uso e poucas (ou nenhuma) brecha de segurança.
E você, conhece alguma prática de segurança para aplicações mobile? Compartilhe conosco!