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As Mulheres na Cibersegurança

O cenário da cibersegurança no mundo ainda é predominantemente masculino, mas nos últimos anos, temos acompanhado com satisfação o aumento do número de mulheres neste mercado.

Na CONVISO, acreditamos que todos devem  participar da construção de um mercado forte e diversificado.

Neste artigo, vamos mostrar como o mercado de segurança de aplicações vem sendo transformado pelas mulheres e vem ocorrendo o ingresso delas neste setor.

Mudança no cenário de Cibersegurança

O  Brasil carece de estatísticas que mostrem a realidade da presença feminina no  mercado de cibersegurança, mas podemos analisar os dados referentes ao setor no mundo para termos uma ideia do que vem acontecendo.

Os dados coletados em estudos variados nos últimos anos mostram uma grande evolução quando o tema é a entrada de mulheres neste mercado.

Em 2013, por exemplo, a Frost and Sullivan identificou em que as mulheres representavam apenas 11% dos profissionais do mercado.  

Já em 2019, a Cybersecurity Ventures afirmou que as mulheres representam 20% do mercado, o que representa um grande avanço. É claro que estes  dados têm muita relação com o mercado local de cada região, como podemos ver nesta pesquisa feita na Austrália, que mostrou que, no mercado australiano, as mulheres representavam 25% do mercado em 2018.

Mulheres em cargos de liderança na Cibersegurança 

Embora não exista um dado conciso sobre a presença feminina neste mercado no Brasil, o que os números do setor ao redor do mundo nos mostram é que, embora as mulheres estejam conquistando o seu espaço na cibersegurança, ainda há um longo caminho em direção à equidade. 

Em 2017, a TechCrunch revelava que 15% das fundadoras de empresas de cibersegurança em Israel eram mulheres, e que isso representava um número 5% maior em relação a 2016. 

Também em 2018, outro relatório, desta vez realizado pelo ISC2, nos mostra mais alguns detalhes interessantes sobre as mulheres no mercado de trabalho de cibersegurança. 

Do ponto de vista de mercado, as pesquisas mostram que as mulheres de TI estão atualmente mais presentes em em áreas mais executivas, enquanto os homens ocupam as áreas mais técnica. 

Outro ponto interessante é mostrado com a escolaridade, as mulheres têm mais tempo de estudo que os homens, mas representam apenas 7% dos CEOs do segmento, ou seja, embora estudem mais do que os homens, são predominantemente masculinos os cargos de presidência nas empresas. 

Há quem defenda que uma das melhores oportunidades para a entrada das mulheres no mercado de cibersegurança será por meio das necessidades trazidas pelas legislações, como a LGPD e ou como a GDPR.

Incentivo às mulheres nas vagas para cibersegurança

Um dado já um pouco antigo (2018) mas que deve despertar atenção é mostrado em uma reportagem da TIinside, que mostra que 78% das mulheres não estão considerando uma carreira na área de cibersegurança.

Esta questão merece atenção, e este dado deve ser levando em consideração para a construção de ações que possam incentivar as mulheres a buscar mais oportunidades na área.

A reportagem mostra ainda que o baixo acesso das mulheres às vagas de emprego em cibersegurança pode estar associado, entre outros fatores, ao próprio fato de se tratar de um mercado com a fama de ser ainda predominantemente masculino, o que faria com que muitas desconsiderem uma carreira em TI, gerando o fator “bola de neve”. 

De acordo com o estudo, a resistência do público feminino em ingressar no mercado de TI também vem da insegurança em relação aos próprios conhecimentos, uma vez que elas são mais propensas do que os homens a afirmar que não possuem experiência em codificação (57% a 43%).

Mas para aquelas que se interessam pelo tema e gostariam de ler mais a respeito, a dica é a leitura do livro InSecurity: Why a Failure to Attract and Retain Women in Cybersecurity is Making Us All Less Safe.

O papel das empresas

Na Conviso, acreditamos na busca por um mercado igualitário e com mais oportunidades para que as mulheres possam crescer na carreira de cibersegurança.

As empresas devem acabar com as barreiras que cercam o processo de contratação de profissionais de segurança e adotar políticas de equidade que estimulem a entrada de mulheres no setor.

Se você está buscando algumas boas fontes de informação, talvez aqui você possa encontrar. Caso conheça outros estudos e referências, conte nos comentários, vamos adorar saber mais sobre o tema.

Espero que este artigo posso ajudar a muitas outras mulheres a buscarem entrar nesta carreira que é tão empolgante e cheia de desafios.

Referências

CyberSecurityVentures
Comparitech
Wicys
Cision Pr NewsWire
Minuto da Segurança
Security Report
Security Leaders
ComputerWord
TI Inside
Kaspersky

About author

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Mais de 15 anos de experiência em segurança da informação e aplicações, graduado em processamento de dados, trabalhei como professor universitário e participei ativamente como instrutor de treinamento para mais de 6000 desenvolvedores em equipes de TI. Sou pai de duas meninas e trader nas horas vagas.
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